Era dia de ventania

Nos tempos em que a regularidade climática permitia, 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, era dia de ventania. Nunca conheci a relação do santo com o vento, mas assim se dizia. Depois aprendi que vento é mudança: "sente-se, levante-se, prepare-se pra celebrar o Deus MU-dança; o dia da MU-dança; a hora da MU-dança". Mu também é som de vaca, que fica parada olhando para o nada, comendo capim e processando a mudança toda por dentro, enquanto digere, enquanto rumina. Ruminante é quem é touro, na astrologia, quem é cabra, no horóscopo chinês. Na China paro a brincadeira de emendar rima e vou para a objetividade celebrativa do pôste. Pra dizer que tanta notícia boa, nos últimos dias houve, que faltou tempo e fôlego para comentar. As revisttinhas Erê e Dandara, procuradas nas bancas, ainda não chegaram, devem chegar no final da semana. A Dóris cantando a história do samba recebeu bela resenha no Boletim Eparrei on Line, editado pela Casa de Cultura da Mulher Negra de Santos. Há também uma entrevista curtinha desta vossa escriba, dêem uma olhada lá www.casadeculturadamulhernegra.org.br Zezé Motta foi homeageada em Gramado pelos 40 anos de carreira artística. Lindo! Cantou para agradecer. Eu procurei uma resenha que fiz há algum tempo sobre a biografia dela, "Muito prazer", publicada pela coleção Aplauso/Perfil da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Não encontrei, mas quando achar, posto aqui.A Tereza lançou o "Negrices em flor" na Cooperifa, saiu na Folha de São Paulo e terça, 28/08, tem mais lançamento. Ontem assistimos Milton Santos no cinema, eu esperava mais Milton Santos e menos opiniões do diretor sobre a globalização. Tudo bem, valeram as imagens do mestre, as lições de sempre, os textos por nós quase decorados. Milton Santos, iluminado. Uma estrela de cá, outro mestre, Oswaldo de Camargo, iniciará o "1o Encontro de gerações no Museu Afro-Brasil". Literatura negra para todos os gostos e idades, a partir de 1o se setembro. A princípio senti falta das escritoras, mas devem chegar com o tempo. Aguardo ansiosa para ver Oswaldo e Edimilson de Almeida Pereira, juntos. Antológico, vou gravar. E Paulinho da Viola com Happin Hoody, vai dar o que falar. Saiu também a 2a edição do jornal Irohin, cada vez melhor. www.irohin.org.br

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