#OHomemAzulDoDeserto (7) e a casa editorial que o abriga


Por Cidinha da Silva
Malê é o nome da editora.
Nossa relação de trabalho começou com um convite para ministrar oficina de escrita criativa ao público interessado em participar de concurso de crônicas e contos promovido pela editora em 2015 (ou 16).
Depois rolou o convite para que eu organizasse a publicação "Olhos de azeviche". Chegamos a assinar o contrato, mas, não consegui cumprir os prazos que a editora precisava e fizemos um destrato amigável.
Agora foi a minha vez. Eu procurei a Malê e apresentei a proposta de #OHomemAzulDoDeserto, um livro de crônicas. A princípio ouvi a resposta mais comum que as cronistas ouvem; "mas você não teria um livro de ficção"?
Eu não tinha um livro daquilo que se considera realmente ficção. Ficção de verdade. Acabara de entregar um livro de contos para outra editora e não tinha (não tenho) ideia de quando teria outro.
O editor topou fazer a leitura e analisar o livro. Estipulou um prazo para resposta e ao término deste disse sim. Ufa! Vocês se lembram que num prefácio, ao fim do prazo solicitado pelo possível prefaciador para decidir se prefaciaria a obra, recebi um rotundo não. Sabem como fica apreensiva uma gata escaldada, não é?
Decisão tomada, o trabalho tem gerado alegria e satisfação. Existe uma diálogo fluido e respeitoso, minhas sugestões são ouvidas com atenção e maioria tem sido acatada. Creio que todas foram acolhidas.
E o melhor de tudo é contar com um editor muito atento e técnico que faz perguntas e ponderações certeiras, além de ter muita acuidade no olhar. Na proposta de capa que escolhemos, por exemplo, se dois pontos fossem alterados eu ficaria bem feliz. Vagner Amaro, o editor, me mostrou mais quatro ou cinco itens que poderiam ficar ainda melhores do que já estavam. Isso dá segurança. sou daquelas que gostam de trabalhar com quem sabe mais do que eu, porque isso me dá liberdade para errar, haja vista que há alguém atento para que os erros não se consolidem.
Às outras editoras informo que estou muito contente com este primeiro trabalho na Malê, mas continuo dona do meu passe e aberta a negociações nesse movimento que tem caracterizado minha carreira: ora procuro editoras, ora elas me procuram. E segue o baile.

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